Era sexta feira de
noite pelas 20 horas, horário em que todo ou estão se preparando para sair ou
ir dormir, muitas pessoas curtem a noite curtem os finais de semana, muitas
delas rezam para esse dia chegar logo, eu não os culpo, essa vida se resume a
somente duas coisas, trabalhar e curtir, duas coisas que não se casam para as
maiorias das pessoas, más duas coisas relacionadas intimamente, altamente
dependente uma da outra, ou você trabalha consegue seu dinheiro e com ele você
se diverte, ou você vive na margem da sociedade com medo de ser pego a qualquer
minuto ou ainda você tem a melhor alternativa de todas, simplesmente nascer
rico e curtir a vida como quiser, más essa coisas não são bem assim, alguém que
nasce rico não sabe aproveitar a vida como alguém que nunca teve nada, em
resumo essa vida é uma merda esperando para virar uma merda ainda maior.
Isso
era o que passara pela mente de Sophia as oito horas da noite de uma sexta
feira, estava num bar que tocava musicas clássicas do rock e musicas
alternativas, o som não era muito alto pois as pessoas gostavam de conversar no
lugar, o clima era boêmio, cheiro de cigarro e vozes, risos e gargalhadas se
espalhavam pelo ar, o lugar era feito de uma madeira escura tinha apenas 3
donos que eram garsons, caixa e cosinheiro, era um clima divertido, mas não
para Sophia que estava no balcão do bar tomando o seu segundo Martine em menos
de meia hora. Aquele dia fora dos infernos o trabalho estava uma correria
coisas que não podiam ser resolvidas pessoas que só aparecem para atrapalhar os
clientes dando calotes jurando que iriam pagar e deixavam-na mais uma semana na
mão, mesmo assim era uma das vendedoras mais bem sucedidas da região, solteira,
sozinha, trabalhava como muitos outros, más não curtia assim como muitos
outros. Talvez um Martine ou dois numa sexta feria a noite poderia ajudar, sua
mente vagava em meio aos trabalhos inacabados e as musicas que ali tocavam, as
pontas dos dedos molhadas do copo de marine deixavam marcas no balcão que ela
desenhava números e cálculos que não significavam nada, suas unhas pintadas de
vermelho lhe davam novo, iria arrancar todo aquele esmalte até o final da noite
se a noite acabe-se para ela, seus cabelos uma mistura de loiro e castanho
sempre aparentando estar molhados cai uma pouco a baixo da altura dos ombros, e
estava jogado a frente tapando a lateral de sua face, o rosto pálido e com
lábios salientes lhe davam um ar sensual, más seus olhos verdes tinham um tom
sinistro. Neste dia em especial ela passavam um ar de estressada e cansada e
que deixava seu olhar mais sinistro que o normal.
A
cada gole de Martine um pensamento se perdia entre o gelo, e já estava no 3
copo e ia chegando perto das 9 horas, sabia que suas pernas iam demorar alguns
minutos até se firmar no Chão e poder dirigir novamente. E isso lhe dava margem
para beber mais um pouco.
-
Garçom! Um shot de tequila por favor.
Um
homem de barba rala parou do seu lado e a encarou, ela olhou de volta sem muito
animo ele sorriu más ela nem mudou sua expressão, ele lembrava um pouco um
homem que em sua adolescência tentara a agarrar a força em uma festa, e seu
rosto se repuxou com um certo tom de raiva,
-
e mais um copo de Martine pra minha amiga aqui.
Ele
a olhou novamente e ergueu o copo. Ela olhou com aquele rosto de raiva e pegou
o Martine.
-
Dia Ruim? O homem perguntou.
-
é, cada vez Pior, - disse ela em um tom
seco.
-
é sempre pode piorar neh?
Silencio
apenas um balançar de cabeça afirmativa.
-
VOCÊ vem com freqüência aqui? Por que eu venho e é a primeira vez que ti vejo.
O homem perguntou num tom de como quem não quer nada com nada.
-
venho, toda sexta feiras.
-
des de quando ?
-
des de hoje – disse ela num tom mais seco – você pode me dar licença é que não
estou num dia muito agradável e por isso que já tomei 4 Martine e não quero
papo.
O
Sujeito na pareceu se abalar e deu uma gargalhada
-
Fibra, gosto disso, respeito você pelos menos você não quis me usar ou ficou me
enrolando so para depois de chutar como as outras.
-
desculpe não sou esse tipo de mulher.
-
Sim já noitei, não peça desculpas, você diz a verdade e eu digo obrigado.
-
Stephen King a torre negra, pistoleiro – diz ela olhando para o homem com um
certo sorriso no rosto, o homem arregala os olhos
-
é uma honra ser chamado de pistoleiro. Diz o homem com um sorriso no rosto.
Neste
exato momento um forte barulho ocorre na parte de frente do bar os dois olham
más Sophia não consegue ver nada, sua boca se enche de saliva e ela corre para
o banheiro vomitar. Ficou la dentro por um tempo indeterminado, sua cabeça
girava e ela tinha lances de lucidez e logo se perdia em meio a escuridão. Seu
corpo tremia convulsão alcoólica talvez.
Quando
ela acordou as luzes no banheiro estavam piscando, talvez já estivessem antes,
quem sabe?, más a dor de cabeça era forte e o vomito só de bebida e de nada no
estomago ainda estava no vazo, sua saia estava aberta e arriada até os joelhos
e sua camisa toda torta. Pelo menos não
estou mijada, pensou divertidamente. Os membros pesavam para ficar de pé
assim como os olhos, mal conseguia lembrar em que dia estavam, sabia que era
uma sexta feira, más era só isso. Tentou se levantar umas duas vezes e
finalmente ficou de pé, puxou a saia para cima e sai pela porta do Box, se
olhou no espelho, estava acabada e pela primeira vez em sua vida teve medo dós
seus próprios olhos, desviou o olhar e lavou o rosto e as mãos e se dirigiu
para aporta do banheiro para voltar pro bar. As imagens ainda estavam muito turvas
e sua cabeça doía, mas alguma coisa estava muito errada, o cheiro erra
horrível, uma mistura de pessoas suadas e sem tomar banho há dias com peixe
podre e bebidas más muitas bebidas, quando ela se apoiou no balcão e olhou ao
lado aonde deveria de estar aquele homem que a estava cantando, viu um ser
muito estranho, usava um chapéu de três pontas com uma caveira na frente e uma
seria de penduricalhos no cabelo. Será
que estou em uma festa a fantasia?, foi o seu primeiro pensamento, o barman também
estava caracterizado de algo que parecia ser um balconista pirata.
-
Um lugar desse não é para um a jovem
como você dona, não deveria estar por essas bandas.
-
é mesmo o que ter de errado com minhas bandas?
O
homem a principio se mostrou surpreso pela resposta da mulher, e depois soltou
uma forte gargalhada
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